Análise Existencial
Psiquiatra e Psicoterapeuta da infância, adolescência e idade adulta
O terapeuta deve explorar com o paciente todas as experiências corporais, mentais, sociais e espirituais provocadas pelas preocupações excessivas e pela invasão do presente por imagens catastróficas do futuro. Há nessa abordagem o
cultivo da aceitação plena, compreensão e neutralidade corporal, aliadas ao autoconhecimento
que serve como sustentação para lidar com as sintomatologias e suas consequências. Há também a tentativa de questionar pensamentos e comportamentos que tiram a liberdade existencial do indivíduo, assim como sua relação com atividades que podem trazer alívio e conforto para a existência. O medo da morte, da solidão, falta de sentido e propósito são temáticas presentes nos atendimentos.
Como é a abordagem do Dr. Lucas Rocha?
Sob uma atmosfera de cuidado e acolhimento é explorado com o paciente sua relação corporal, mental, social e espiritual com seu passado, presente e futuro. Dessa forma
há estímulo do paciente em se explorar e se conhecer, ao mesmo tempo que pode ser influenciado ao autocuidado e desenvolvimento pessoal. Todos os pilares de identidade são passíveis de conversa guiada de forma dialética para construção, desconstrução e reparação de valores como valores pessoais, espiritualidade, gênero, sexualidade, identidade profissional, identidade familiar e comunitária, interculturalidade, identidade digital, recortes raciais e econômicos, dentre muitos outros.
Para quem é indicado a Análise Existencial ?
A análise existencial é indicada para pessoas com quadros depressivos e ansiosos, pessoas buscando por sentido e propósito, crescimento pessoal e amadurecimento, pessoas que lidam com processos de luto ou violência etc.
Angústia Existencial
É uma experiência ontológica que revela a essência do ser humano. A angústia existencial surge quando nos deparamos com o vazio e a ausência de sentido inerentes à condição humana, quando percebemos a finitude de nossa existência e somos confrontados com a responsabilidade de imprimir significados e propósitos à nossa própria vida. A angústia existencial não é necessariamente causada por eventos externos ao ser, mas surge da interação entre indivíduos, indivíduo-mundo e do indivíduo consigo mesmo. Ela pode ser desencadeada por situações de crise, lutos, mudanças ou transições, mas também pode surgir de forma mais sutil em momentos de reflexão introspectiva ou quando somos confrontados com a liberdade de escolha e seus questionamentos. É, em suma, a oportunidade de criar e construir valores e ideais genuínos e muitas vezes individuais.
Desconexão com Valores
Este momento da existência está intrinsecamente ligado à condição humana de liberdade radical e responsabilidade absoluta por nossas escolhas. Em um universo sem uma ordem ou significado predefinido, somos livres para criar nossos próprios valores e significados. Essa liberdade, entretanto, implica no fato de que somos totalmente responsáveis pelas escolhas que fazemos e pelos significados que atribuímos à nossa existência. Nesse contexto, é claro que podemos sofrer coerções e influências das mais diversas formas, mas no final da linha trata-se do que faremos com o que fizeram de nós. Ao evitar ou negar essa responsabilidade, buscando refúgio em sistemas de crenças predefinidos, normas sociais ou instituições externas é quando nos desconectamos dos nossos valores.
Benefícios da Análise Existencial
Durante umas análise existencial, ao enfrentar a angústia da liberdade e assumir a responsabilidade por suas próprias escolhas, o indivíduo se protege da alienação de seu verdadeiro eu, tendo capacidade de criar seus próprios valores, numa postura mais ativa sobre sua existência, inclusive sobre o que o vitima ou vitimou no passado. Há, a partir disso, a possibilidade de lutar por mudanças individuais e/ou coletivas, encarando com liberdade eventos e/ou crenças individuais ou coletivas com altivez e coragem.
Abordagem Terapêutica na Análise Existencial
Construção da Relação Terapêutica
Essa relação é estabelecida de forma empática, de colaboração mútua e autenticidade única. Há a formação de uma relação diferente com cada dupla (terapeuta-cliente), sendo através da essência verdadeira que existe nessa relação dialética que as convicções podem ser construídas, destruídas ou reparadas.